Túberas de plantas de Inhame SãoTomé (Dioscarea alata) com sintomas característicos de viroses foram coletadas em campo de cultivo comercial no município de Itapissuma, estado de Pernambuco e plantadas em casa de vegetação. Todas as plantas que brotaram das túberas exibiram sintomas semelhantes aos verificados no campo. Amostras foliares foram testadas por métodos biológicos, sorológicos e moleculares. Nos testes de inoculação mecãnica e por afideos, com as espécies Toxoptera citricidus e Myzus persicae, foram utilizadas as indicadoras Nicotiana benthamiana e Gomphrena purpurea, sendo observados sintomas apenas nas plantas inoculadas mecanicamente. Através de microscopia eletrônica, verificaram-se partículas alongadas típicas de potivirus. Em testes de ELISA indireto DAC (directantigen coating)-ELISA, empregando-se anti-soro contra o Cucumber mosaic virus (CMV), obtido da Universidade da Georpia-USAe TAS (triple antibody sandwich)-ELISA, com anti-soro e anticorpos monoclonais contra o Yam mosaic virus (YMV ), obtidos do IITA, Nigéria, ocorreu reação apenas para os controles positivos, constituídos de plantas de feijão-caupi ( Vigna unguiculata) e D. rotundata (amostra Quipapá) infectadas com CMV e YMV, respectivamente. Testes do tipo duplex DNAC (direct nucleic acid coating) one-step RT-PCR (kit Invitrogen), efetuados com primers específicos para os potyvirus YMV e Yam mild mosaic virus (YMMV), apresentaram bandas correspondentes ao fragmento amplificado do YMMV, nas amostras de D. alata de llapissumna, e ao fragmento amplificado do YMV, em material de D. rotundata (amostra Quipapá), usado como controle. As amostras da planta assintomática "número nove" de D. rotundata apresentaram resultados negativos, para ambos os virus, em repetidos testes sorológicos e moleculares. (Texte intégral)