O polvilho azedo é produto derivado da fécula de mandioca através de fermentação natural e secagem solar. Em 1985, mais de 80% da produção nacional era produzido em mais de 100 empresas do estado de Minas Gerais, que atendiam a demanda brasileira, calculada para a época em cerca de 20 mil toneladas anuais. As principais regiões produtoras são Divinópolis e Pouso Alegre. Uma equipe multidisciplinar sob coordenação da EMBRATER caracterizou essas indústrias, que variavam de micro a médias, analisando o produto quanto à qualidade. Na época do estudo a existência de uma tecnologia autóctone e os principais problemas eram a tecnologia, problemas com disposição de resíduos e falta da padronização do produto. Em 1993, o mesmo tipo de estudo foi repetido, agora com financiamento da CEE. Nesse novo estudo, procurou-se as mesmas empresas analisadas. Na análise, foi incluída a área de gestão. Os resultados mostraram que houve uma concentração das empresas de grande porte, o que é normal quando se considera a evolução de um setor. Entretanto, muitas indústrias de grande e médio porte fecharam no periodo e duas estabeleceram fecularias em outros estados. A maioria das empresas aumentou sua capacidade instalada e se modernizou, preparando-se para um aumento de produção que o mercado exige, porém a capacidade utilizada reduziu-se muito, e na maioria o período de safra diminuiu. A qualidade do produto pouco se alterou nos 8 anos que transcorreram entre os dois estudos, sendo de registro apenas uma acentuada redução na granulometria e aumento no poder de expansão. O principais problemas apontados pelas empresas foram a falta de matéria prima, de mão de obra, capital de giro e tratamento de resíduos.