Para o estudo do valor azotado e energético de diferentes proteaginosas realizaram-se duas experiências com leitões (Duroc x Landrace) desmamados aos 28 dias. Na experiência 1 utilizaram-se 24 leitões repartidos em 4 grupos de 6 animais. Os leitões de cada grupo receberam respectivamente um regime na qual 50% da proteína total foi fornecida pelo bagaço de soja (S), pela ervilha (E), pela fava (F) ou pelo tremoço branco (T). Na experiência 2 utilizaram-se 2 grupos de 6 leitões que receberam um regime no qual 50% da proteína total foi fornecida pelo grão de bico branco (GBB) ou pelo grão de bico preto (GBP). Em ambas as experiências os leitões receberam durante 2 semanas os regimes experimentais, fornecidos em alimentação igualizada, com controlo individual dos resultados zootécnicos, do balanço azotado e do balanço energético. Na experiência 1 o ganho médio diário (GMD) e o índice de conversão (IC) foram de 261, 272, 243 e 214g (P<0,05) e de 1,35; 1,40; 1,60; e 1,67 (P<0,05) nos regimes S, E, F e T, respectivamente. A inclusão do tremoço na dieta reduziu o GMD em cerca de 18% e aumentou o IC de 23%, em comparação com o regime soja. Para uma mesma ingestão de azoto, a eficiência proteica (g aumento de peso / g proteína ingerida) foi de 21,6; 22,4; 19,4; e 18,7 (P=0,059) para os regimes S, E, F e T, respectivamente. As energias digestível (ED) e metabolizável (EM) do regime T foram inferiores (P<0,05) em comparação com as outras proteaginosas. Na experiência 2 o GMD e o IC foram de 235 e 198g (P>0,05) e de 1,35 e 1,58 (P>0,05) nos regimes GBB e GBP, respectivamente. Observou-se uma tendência (P=0.091) para o GBP aumentar o IC do regime. A inclusão do GBP reduziu (P<0,05) o valor azotado (CRN, CUP N e eficiência proteica) e o valor energético (ED e EM) da dieta, em comparação com o regime GPB. Em conclusão, embora as diferenças entre as proteaginosas tenham sido moderadas, a ervilha e o grão de bico branco apresentaram o valor azotado mais próximo do b